Agricultores de Alfredo Chaves se organizam na colheita de café
O município de Alfredo Chaves, assim como em todo o Estado, começou neste mês a colheita do café. O início da safra foi oficializado no último dia 18 de maio com uma cerimônia realizada pelo governo estadual.
Publicado em 26/05/2015 08:32 - Atualizado em 27/05/2015 09:29
Período da sagra na propriedade da comunidade de Gavião.
Produtor Geraldo Rigotti na colheita do café.
Estufa para secagem do café
O município de Alfredo Chaves, assim como em todo o Estado, começou neste mês a colheita do café. O início da safra foi oficializado no último dia 18 de maio com uma cerimônia realizada pelo governo estadual. O evento marca a abertura da colheita, a fim de padronizar a qualidade e o peso do café.
Em Alfredo Chaves, conforme dados do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) local, 10% da safra do café conilon já foram colhidos e a do arábica começa no próximo mês de junho.
Dados do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA) mostram que o município possui 4.100 ha de área plantada de café, que representa 47% na participação total de produção agrícola do município.
Dessa produção, segundo o Incaper, 2.100 ha são do café arábica e o restante do tipo conilon, que representam uma produção média anual de 110 mil sacas. Ainda de acordo com o Instituto, esta produção envolve cerca de 800 famílias da agricultura familiar que utilizam a atividade como geração de emprego.
É o caso do produtor Geraldo Rigotti, que cultiva 4.700 pés de café conilon em uma propriedade de sete ha na comunidade de Gavião, a 3 km da sede do município. A lavoura rendeu no ano passado 100 sacas. A colheita deste ano ainda está em andamento, mas segundo o proprietário, haverá uma perda de 30% devido a seca.
“A longa estiagem deste ano irá comprometer o lucro da lavoura e ainda estou com dificuldades em adquirir bom preço. Estou apostando na secagem para vender o café fora da safra e conseguir melhor lucratividade. Já tenho um projeto de uma estufa de 250 metros para secar o café e melhorar o retorno financeiro para o próximo ano”, informou.
É nesta época em que demanda maior mão de obra na cafeicultura que muita gente aproveita ganhar diárias que chegam a 40% a mais, comparados a outros meses do ano. Este aumento, conforme Geraldo, dificulta o lucro do produtor em tempos de baixo preço. “Hoje trabalho em parceria com outros agricultores dividindo a mão de obra da roça. Foi a alternativa que encontrei para repartir as despesas e melhorar o meu ganho”, lamenta.
A cafeicultura, segundo o chefe do escritório local do Incaper, Alciro Lamão, é uma importante atividade na história do alfredense que surge como oportunidade de emprego e sustento para as famílias rurais. “Este ano teremos perdas na produção devido a seca, mas enquanto técnicos fazemos o acompanhamento nas lavouras e sempre orientamos o produtor para que possa garantir boa produção e competitividade diante do mercado”, destacou.
A secretaria Municipal de Agricultura também oferece apoio ao agricultor e segundo o secretário da pasta, Antônio Carlos Petri, a municipalidade disponibiliza um caminhão para transportes dos insumos agrícolas e técnicos que atuam junto ao Incaper acompanhamento às produções agrícolas do município.

por Luziane de Souza - Fotos: Arquivo Secom/PMAC